Cartão de crédito e salão de beleza combinam
| 4 min de leituraCategoria: Novas Funcionalidades
Aprenda a usar adequadamente esta importante opção de pagamento em seu salão de beleza e veja os elogios – e os gastos! – da clientela aumentarem rapidamente.
Estatísticas recentes, mostram que cerca de 70% das pessoas costumam pagar o que consomem usando cartão de crédito. Esse consumo é de todos inclui desde compras no supermercado até gastos com combustível, farmácia e serviços como lavanderia e tratamentos estéticos.
Hoje, a maior parte dos salões de beleza bem-sucedidos aceita essa ferramenta comercial – e quem quer se destacar em mercado tão competitivo, segundo os especialistas, deve fazer o mesmo.
Apesar dos gastos com as taxas cobradas pelas administradoras e de ser necessária uma organização meticulosa para que não aconteça um rombo no caixa, o dispositivo traz várias vantagens. Entre elas, agradar a clientes que não gostam de andar com “dinheiro vivo” no bolso (a maioria) e de estimulá-las, de maneira sutil, a optar por mais protocolos e compra de produtos, já que só vão pagar por eles bem depois. Para quem deseja implantar o pagamento com cartão de crédito ou débito em seu salão, vale a pena ler o guia de
Cabelos & Cia com as principais dúvidas – e conhecer a experiência de quem aprova essa estratégia!
Como começar a aceitar cartão de crédito?
É preciso preencher as propostas de credenciamento nos sites das credenciadoras – American Express e Rede, por exemplo.
De quanto é a taxa de desconto cobrada pelas administradoras?
Cada empresa tem sua política de preços – é um aspecto concorrencial desse mercado no qual a Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs) não pode interferir. É um percentual do valor da venda ou do serviço que varia de acordo com a negociação entre o estabelecimento e a credenciadora – em geral, são de 3% a 8%. “Essa taxa varia também conforme a queda ou o aumento dos juros bancários”, diz o consultor Carlos Oristânio, professor do curso de Estética e Cosmética da Unicsul, em São Paulo.
Quanto tempo após a prestação de serviço o comerciante recebe?
De acordo com Marcelo Takeyama, coordenador de Autorregulação da Abecs, se a conta for paga com um cartão de crédito à vista, a liquidação da operação e o repasse do montante ao comerciante ocorrem 30 dias após a transação, que é o prazo para a pessoa pagar a fatura. Se o pagamento for parcelado, o recebimento acontece de acordo com a quantidade de parcelas, a cada 30 dias. “Se for com cartão de débito, a liquidação da operação e o repasse do dinheiro acontecem até 48 horas após a transação.”
As máquinas para passar os cartões de crédito são alugadas? Qual o custo?
Geralmente elas são fornecidas em caráter de locação pelas credenciadoras. Além do próprio equipamento, o valor do aluguel já inclui diversos itens, como reposição de bobina de papel, suporte técnico, manutenção e solução de comunicação, entre outros. O custo é de, em média, R$ 70 por mês.
A decisão de parcelar a compra cabe ao estabelecimento ou à administradora?
Segundo Marcelo Takeyama, o sistema de cartões no Brasil permite que o estabelecimento ofereça aos seus clientes a opção de parcelamento, dependendo do perfil do empreendimento – essa possibilidade é definida no momento do credenciamento.
Quais os principais benefícios de se trabalhar com cartão de crédito no caso do salão?
A garantia de recebimento, já que, com ele, elimina-se o cheque sem fundo e o risco de inadimplência. “Ao aceitá-los, amplia-se o leque de possibilidades de pagamento, aumentando assim o volume de clientes e o faturamento. Esse sistema possibilita ainda ao pequeno empreendedor gerenciar melhor seu fluxo de caixa e ter acesso às soluções de crédito do sistema financeiro”, avisa Marcelo Takeyama. Por medida de segurança, a Abecs
lembra que o dispositivo é pessoal e intransferível – e recomenda pedir à clientela um documento de identificação. Isso garante que a transação seja feita pelo dono e não por terceiros (o que pode significar roubo).
E para os clientes?
Comodidade, segurança e conveniência, já que não precisam sacar e andar com dinheiro no bolso. “No caso do salão de beleza, as pessoas acabam também optando por mais serviços e até comprando produtos e bijuterias, por não terem de pagá-los na hora”, afirma o consultor Carlos Oristânio.
Há dicas específicas para melhor aproveitamento em um salão de beleza?
Segundo Carlos Oristânio, o ideal é que o estabelecimento aceite o cartão de crédito independentemente do gasto da cliente. “É antipático impor um valor-limite para sua aceitação, como acima de R$ 50, por exemplo. Ele deve ser aprovado tanto para um serviço de manicure quanto para uma técnica mais cara, como alongamento ou escova progressiva”, explica o consultor, que recomenda ainda adotar o parcelamento como forma de agradar às pessoas. “Elas se sentirão motivadas a voltar e a gastar mais”, ressalta. Ele aconselha ainda sugerir de um jeito sutil dar a gorjeta à parte, em dinheiro vivo, sem incluí-la no pagamento final. “No caso do cartão de crédito, esse valor entra como faturamento. Portanto, fica complicado repassá-lo ao profissional que executou o trabalho”, destaca.
A opinião deles:
Celso Kamura, hairstylist de São Paulo
“Os cartões de crédito ou débito diminuem a inadimplência. E as vendas costumam ser maiores em estabelecimentos que aceitam esses dispositivos. Os únicos inconvenientes são a demora de um mês para receber o valor e o custo de aluguel das máquinas.”
Letícia e Rogéria Scarpa, sócias da unidade Dias Ferreira do Werner Coiffeur, do Rio de Janeiro
“Os créditos gerados no mês serão pagos no mês seguinte. Dessa forma, tenho que controlar os pagamentos futuros. Com o tempo isso não faz diferença, pois os créditos do mês vigente vão para o próximo e os do anterior recebemos neste mês, equilibrando as finanças.” Marcos Coraza, hairstylist do
Gilberto Cabeleireiros, de São Paulo
Fonte: Revista Cabelo & Cia